Talitha: ” é um sonho para qualquer pessoa” (Nestlé/Divulgação)
São Paulo – Se você gosta muito de chocolate, é provável que sinta um pouquinho de inveja da rotina profissional da engenheira de alimentos Talitha Faria, de 28 anos. Degustar chocolates é o que ela faz todo dia como analista sensorial da Nestlé. Em outras palavras: ela é paga para experimentar e avaliar chocolates, algo que ama comer desde criança.
Quanto ela come? “Todos os avaliadores não degustam mais de 25 gramas de chocolate por dia. Caso essa quantidade seja excedida, por algum motivo excepcional, utilizamos o copo de descarte”, diz. Degustações na fábrica de chocolates ocorrem em todas as linhas de produtos a cada três horas para garantir sempre a mesma qualidade, segundo Thalita.
“Poder degustar chocolates com alta qualidade é um sonho para qualquer pessoa”, diz Thalita. Há cinco anos na empresa, ela começou sua trajetória como estagiária da área de garantia de qualidade. “Até então não sabia que poderia me tornar degustadora de chocolate”, diz.
Mas, na Nestlé qualquer colaborador pode se tornar avaliador sensorial, desde que o profissional passe pelos exames médicos necessários – que se repetem periodicamente – e pela triagem de seleção, que é bem rigorosa, segundo Thalita. Na fábrica de chocolates são 250 profissionais avaliadores.
Além de ser degustadora, ela também treina novos avaliadores. A profissão requer capacitação porque exige conhecimento técnico das ferramentas de avaliação sensorial. E, é claro, a pessoa tem que ter os sentidos bem “afinados”.
“É preciso ter acuidade sensorial, que é a sensibilidade que cada pessoa desenvolve para sentir gostos e odores. Ter muita perspicácia e agudez nos sentidos”, diz. Com treinamento e metodologias da própria Nestlé, ela garante que é possível melhorar os sentidos.
A degustação, certamente, é a parte mais doce da sua rotina, mas não a única. Thalita diz que também é sua responsabilidade definir métodos e procedimentos para avaliação sensorial de matérias-primas, material de embalagem e produtos de fabricação. Ela ainda libera produtos para distribuição e faz o acompanhamento de vida do chocolate na prateleira e analisa produtos que receberam reclamações de consumidores.
Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/ela-tem-o-emprego-dos-sonhos-e-paga-para-comer-chocolate/
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