Executivos veem inteligência artificial como garantia de competitividade e futuro para os negócios

A competitividade a partir de agora vai ser determinada pela inteligência artificial (IA). Essa é a conclusão de estudo publicado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em setembro, que ouviu mais de 3 mil executivos – 85% concordaram com a tese. Gigantes como a Microsoft não poderiam concordar mais. “A IA abre um universo de oportunidades em todos os segmentos de negócios, especialmente, por usar os dados ao solucionar problemas complexos. No curto prazo, as áreas de saúde, educação, serviços públicos, varejo e finanças serão muito beneficiadas”, afirma Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil.

Empresas como GE e Siemens desenvolvem plataformas que usam inteligência artificial em diversos segmentos e ela permite que novas modalidades de comércio, como a Amazon, e a economia compartilhada, caso do Waze, Uber e do Airbnb, se desenvolvam. Esse avanço tecnológico serve a uma gama ampla de aplicações. A própria Microsoft já fornece soluções que processam grandes volumes de informações, o Big Data. Um exemplo é a parceria com a Atento, maior empresa em serviços de gestão de relacionamento com clientes e especialista em processos de negócios da América Latina, para o uso de IA na análise de atendimentos telefônicos. Segundo a executiva, o projeto pioneiro no Brasil busca delinear um perfil de comportamento do consumidor e, assim, traçar estratégias mais assertivas ao se relacionar com o cliente. Com a adoção da IA, a Atento é capaz de avaliar 50 milhões de minutos por mês, volume 350% superior ao que era possível mensurar antes de empregar a nova tecnologia.

As ferramentas de cognição digital devem dar conta do enorme conteúdo gerado e coletado pelas companhias. Um exemplo é o Get-Ninjas, maior aplicativo para contratação de serviços da América Latina – como reparos domésticos ou aulas particulares de idiomas. “São os algoritmos que tomam as decisões mais importantes no GetNinjas, decidem quais profissionais são mais adequados para cada pedido, determinam o preço dos serviços, concedem descontos e ajustam nosso investimento em canais de marketing online. Essas tecnologias permitem que as empresas estreitem o relacionamento e criem produtos que são cada vez mais sob medida para seus clientes”, explica Bernardo Srulzon, head de Business Intelligence do GetNinjas. O serviço gera mais de 300 milhões de linhas de dados todos os meses e já soma mais de 2 bilhões, desde sua fundação em 2011. “Ficou inviável analisar essa quantidade manualmente. As técnicas de big data e machine learning [aprendizado da máquina] surgiram neste contexto, para ajudar as empresas a tomar decisões de negócios mais inteligentes ou oferecer uma experiência mais personalizada para cada usuário”, diz Srulzon.

O setor financeiro também aposta nessa nova tecnologia. Pesquisa global da GFT Banking, consultoria financeira, mostra que 93% de grandes instituições bancárias reconhecem o valor da IA. O Brasil, ao lado do Reino Unido e do México, lidera quando o assunto é a importância que se dá para a esse recurso, que permite entender o comportamento dos usuários e suas necessidades. “A inteligência artificial é a capacidade de raciocinar sobre grandes quantidades de dados e convertê-los em inteligência. Por isso, vemos que IA, combinada à engenhosidade humana, já está ajudando as pessoas a fazerem coisas incríveis”, diz Paula. “Com a transformação digital, a tecnologia passou a ser parte da estratégia de negócios das empresas.”

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Fonte: http://www.infomoney.com.br/negocios/canal-do-empresario/noticia/7149305/pensando-alto-executivos-veem-inteligencia-artificial-como-futuro-para-negocios