São Paulo – A área de TI pode até não estar completamente a salvo da crise, mas é fato que é um dos setores menos afetados por ela. Implicada em todos os negócios, a tecnologia puxa a demanda por profissionais justamente por ser um vetor de produtividade e eficiência para as empresas. Por isso profissionais de TI são considerados estratégicos para o negócio, já que contribuem de diversas maneiras para que a empresa possa enfrentar a crise também por meio de inovações tecnológicas. A seguir, confira, navegando pelas fotos, quais são os profissionais mais buscados agora, segundo dois especialistas consultados.
O mercado como um todo está preocupado com a segurança dos dados, diz Jaime de Paula, fundador e CEO da Neoway. “Muitas empresas estão adotando data centers e soluções em nuvem. Assim, os dados saem de um território fechado que, teoricamente, é mais seguro e migram para fora da estrutura física da empresa, na nuvem. Por isso as empresas precisam de analistas monitorando esses processos”, diz. De acordo com ele, grandes bancos e seguradoras já estão usando a nuvem para guardar grandes volumes de informação. “Segurança é estar um passo a frente do hacker”, diz o CEO da Neoway. Portanto, é preciso sempre estar de olho nas mudanças e estudando novas vulnerabilidades. Provedores de softwares oferecem cursos e a recomendação do especialista é ficar atento. Saber inglês é importante para entender documentos e textos sobre novas ameaças, geralmente, publicados no idioma. Engenharia de software é uma formação comum entre os profissionais da área. Em São Paulo, profissionais recebem até 20 mil reais por mês. Nas regiões Sul e Nordeste, os salários são mais baixos, por volta de 12 mil reais.
“É um profissional difícil de se encontrar”, diz Jaime de Paula, CEO da Neoway. Na sua empresa são 200 engenheiros de software e apenas nove profissionais com o título de full stack, conta. É que desenvolvedores assim trabalham bem tanto na parte de infraestrutura, de servidores (back-end), como também no desenvolvimento da interface (front-end). Sua atuação integrada valoriza seu passe, segundo Jaime de Paula. Formações em engenharia de software e ciências da computação são mais frequentes, mas a característica mais marcante deste profissional é a experiência, entre cinco e 10 anos. “É alguém que já passou pela área de infraestrutura, já desenvolveu back-office, já trabalhou com mobile”, diz Jaime de Paula. nglês também precisa estar no currículo. Salários podem chegar a 20 mil reais, diz o CEO da Neoway.
“DevOps é um termo relativamente novo, que significa Desenvolvimento + Operações. É uma tendência, de eliminar as barreiras entre o time/área de desenvolvimento de software, e o time/área que implementa e dá suporte a esses sistemas, agilizando o processo todo”, diz Henrique Gamba, fundador da Yoctoo, consultoria de recrutamento de executivos especializada em TI.
O analista DevOps, diz Jaime de Paula, CEO da Neoway, faz a especificação de como o desenvolvedor deve criar a plataforma e como isso vai ser posto em operação. Este é um tema que está crescendo agora por ser uma iniciativa relativamente nova, explica Gamba. “Ainda existem poucos profissionais com experiência prática nesse tema, pois existem poucos ambientes onde essa prática é madura”, diz. Por isso, salários são altos e variam entre 18 mil e 25 mil reais.
Programadores especializados em linguagens voltadas para aplicativos mobile para as principais plataformas do mercado (iOS e Android) geralmente trabalham por projetos, segundo Henrique Gamba, fundador da Yoctoo. “Isso gera um alto índice de rotatividade nas empresas e faz com que sempre existam companhias em busca de executivos no mercado”, diz ele. Os salários variam entre 7 mil e 11 mil reais e, segundo Gamba, a demanda por este profissional ainda é consideravelmente maior do que a oferta.
A forte visão de negócios combinada à aguçada percepção estatística é o grande diferencial do cientista de dados. “Em um cenário em que as empresas precisam processar um volume e uma variedade de informações jamais vistos, o cientista de dados é um profissional de alto escalão com qualificação e curiosidade para fazer descobertas em big data”, diz Henrique Gamba, fundador da Yoctoo, consultoria de recrutamento de executivos especializada em TI. A falta de gente qualificada no mercado é uma realidade, segundo os dois especialistas consultados. Também é fato que cada vez mais as empresas investem em estratégias de marketing que utilizam ferramentas de big data. Muito por isso, é um profissional que anda bem valorizado, com salários entre 10 mil e 18 mil reais. “Essa é uma área com um viés acadêmico muito forte. A carreira acadêmica, inclusive, é outra vertente para essa profissão”, diz Gamba.
É um profissional técnico, dedicado à tecnologia para habilitar as soluções a partir da análise de grande volume de dados. “O arquiteto de soluções de big data é a ligação entre as necessidades do negócio e os cientistas e engenheiros de dados”, diz Henrique Gamba, fundador da Yoctoo. O especialista explica que este profissional é responsável pela criação da análise dos requerimentos de negócios, a seleção das plataformas a serem usadas e a arquitetura técnica das aplicações e soluções propostas. O motivo por que tem sido disputado é o mesmo do cientista de dados: menos oferta do que procura e novidade da carreira. Os salários nesta atividade também são altos: entre 14 mil e 20 mil reais.
É quem faz a ponte entre as equipes técnicas de TI e as áreas de negócios. “A principal função deste profissional é entender as necessidades de negócio e conseguir traduzi-las em requisitos técnicos para a área de TI”, diz Henrique Gamba, da Yoctoo. A tendência de aproximação da área de tecnologia e de negócio veio para ficar e explica a alta procura por este profissional. “Ainda encontramos uma escassez de profissionais de TI, com a bagagem técnica necessária, que tenham a habilidade de interação e conhecimento de negócios”, diz Gamba. Salários variam entre 18 mil e 25 mil reais.
Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/os-7-profissionais-mais-disputados-na-area-de-ti/
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