Profissional de TI diz que não há crise

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Profissional de TI diz que não há crise

Quem atua no setor afirma que não falta trabalho, principalmente para desenvolvedores e programadores mobile, entre outros

Profissional de TI

Formada em análise e desenvolvimento de software e em ciência da computação, Taiza Rabello Montenegro já trabalhou em cinco empresas e, segundo ela, nunca teve dificuldade para conquistar novas colocações no mercado de trabalho.

“Eu morava em Brasília e realizava trabalho remoto como programadora. Há dois meses, quando vim morar em São Paulo por conta da transferência de meu marido, decidi procurar emprego em uma empresa instalada na cidade”, conta.

Em menos de duas semanas Thaiza foi contratada como programadora Java na Infracommerce. “Produzimos softwares para outras empresas. Existe uma equipe que visita o cliente para entender sua necessidade. Nós, os programadores, temos de compreender esses requisitos e implementá-los de forma que o computador realize o trabalho desejado pelo cliente.”

Segundo ela, sempre que encontra alguém que está em dúvida se deve ou não seguir carreira na área de tecnologia, recomenda a escolha. “O mercado está muito bom e é uma profissão divertida para quem gosta de trabalhar com lógica.”

A crescente demanda por profissionais da área tecnológica é comprovada por pesquisa realizada pela plataforma de recrutamento de profissionais ligados ao mercado de tecnologia e negócios Contratado.ME.

Cofundador da empresa, Lucas Mendes conta que o estudo aponta crescimento de 105% na demanda por desenvolvedores somente no primeiro trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação aos desenvolvedores mobile, a alta é de 98,3%.

“Apesar do aumento na procura por programadores mobile, 76% da demanda continua sendo para perfis back-end (responsável pelas lógicas de programação) e full-stack (programador que lida tanto com o back-end quanto com o front-end – a parte visível dos sistemas nos browsers, celulares ou computadores).”

Segundo ele, tanto back-ends quanto full-stacks podem ter formação específica em cursos como ciência da computação, sistemas de informação e engenharia da computação. “Em alguns casos, porém, esses profissionais são formados em outros cursos da área de exatas e acabam aprendendo programação sozinhos.”

Em relação ao marketing digital, Mendes conta que a procura por profissionais para compor esse tipo de equipe aumentou seis vezes no primeiro trimestre do ano, na comparação com igual período de 2016.

“Esse time é formado por profissionais que exercem diversas funções como analista de SEO, growth hacker, web analytics e marketing de conteúdo (definições no quadro abaixo)”, conta.

Ele afirma, no entanto, que a atividade do marketing tradicional continua existindo. “O que vejo em empresas de ponta é uma separação de perfis e responsabilidades. O marketing tradicional cuida da criação de peças, promoções e conteúdos. A equipe de marketing digital implementa estratégias de canais, mensura resultados e coleta dados que orientam o trabalho de criação.”

Mendes afirma que o fato que une esses profissionais é que, apesar de serem altamente disputados no mercado, todos são movidos por um propósito e não só por dinheiro. “Eles não têm dificuldade de encontrar emprego, mas querem achar ‘o’ emprego certo. É uma realidade à qual as empresas precisam se adaptar.”

Transição. Responsável pelo segmento de tecnologia da consultoria de busca e seleção de executivos Fesa Group, Mariana Rosas afirma que a digitalização é o tema principal dentro de grande parte das empresas.

“A transformação digital (definição abaixo) é um assunto que permeia todos os segmentos. Muitas organizações estão discutindo e fazendo planos sobre como fazer isso, porque sabem que quem não introduzir a transformação digital tende a morrer”, ressalta.

Mendes lembra que todo grande projeto de gestão de mudança precisa de profissionais com habilidades específicas. “Ou seja, a transformação digital de uma empresa passa pela área de recrutamento e seleção, que deve ter acesso a profissionais e ferramentas de ponta. É uma tendência que terá impacto em todo o mercado nos próximos anos.”

Segundo Mariana, um profissional que está sendo muito requisitado é o cientista de dados. “As empresas não medem esforços para conquistar esse profissional, que é caro, bastante procurado e difícil de ser encontrado no mercado.”

A consultora afirma que o cientista de dados ainda é “uma mosca branca”, por ser uma profissão relativamente nova e que tende a crescer. “O mesmo ocorre com o full-stack, que além de codificar também olha para o design”, conta.

Nos cargos de liderança (c-level), ela diz que há grande demanda por CDO (chief digital officer). “Essa pessoa, diferentemente de um CIO (chief information officer) que tem um olhar mais técnico para o negócio, possui a característica de pensar só no processo de digitalização da empresa.

Mariana diz que as empresas também estão buscando CMO (chief marketing officer). “Ele usa o olhar de marketing para identificar modificações a serem implementadas incluindo, é claro, demandas voltadas à digitalização, e para atender o que o mercado busca. Eles precisam ser flexíveis para entender as mudanças que acontecem cada vez de forma mais rápida.”

Cientista de dados recebe proposta com frequência

Formado em ciência da computação desde o ano passado, Jackson José de Souza trabalha como analista de dados na Optimum Soluções Estratégicas.

Segundo ele, há muita gente querendo contratar cientistas de dados, mas falta de mão de obra. “Pelo menos duas vezes por mês recebo mensagens no LinkedIn de recrutadores perguntando se quero conversar. É uma área que está bombando e vale à pena investir, porque tem um retorno financeiro interessante e variedade de propostas para quem quer fazer algo inovador.”

Ele conta que seu primeiro trabalho foi em uma empresa de consultoria financeira que faz análise de risco de crédito e de risco operacional. A mudança de trabalho foi por opção.

“Aprendi bastante no trabalho anterior, mas queria atuar como cientista de dados. Estou fazendo mestrado em inteligência artificial na USP e estava interessado em adquirir mais prática nessa área”, conta.

Souza diz que a Optimum presta serviços de advocacia e o seu trabalho consiste em pegar carteiras de processos jurídicos e fazer cálculos para estimar o custo que os processos terão do início até o momento da condenação ou êxito.

“A ideia é usar essas informações para estimular as pessoas a fazerem acordos. Os advogados montam estratégias para fechar o maior número de acordos. O objetivo principal é diminuir o tempo de tramitação dos processos e, consequentemente, o custo que a carteira tem para as empresas”, conta.

O cientista afirma que a área de análise de dados dentro de uma empresa jurídica é nova. “Ainda não conheço nenhum concorrente. É um segmento novo que está começando a ganhar força. Estou tento um aprendizado intenso.” O jovem conta que em sua equipe trabalham quatro pessoas.

Transformação digital nas companhias

A transformação digital consiste na transição da informação analógica para uma forma digital. E ao contrário do que muitos pensam, nada tem a ver com a digitilização. Esta inclui mudanças estruturais realizadas por meio da tecnologia, que passa a ocupar papel essencial. Por meio dela, é possível melhorar o desempenho e alcançar melhores resultados. Essa mudança envolve a reestruturação de processos e a absorção de uma cultura digital, voltada para gerar ganhos de produtividade. De acordo com especialistas, entre as vantagens de implementar a transformação digital está a melhoria da experiência do cliente, novas formas de comercializar produtos e prestar serviços, a otimização da cadeia de processos, além de auxiliar na tomada de decisões estratégicas.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/blogs/radar-do-emprego/2017/09/17/profissional-de-ti-diz-que-nao-ha-crise/

 

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